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Urban Erasure and the Making of Informal Activism: Rio de Janeiro through the Morro do Castelo

Abstract / Resumen / Resumo

The history of the extinction of the Morro do Castelo in Rio de Janeiro has sparked renovated interest in face of the 2016 Olympic Games and recent archeological discoveries of the largest slave cemetery in Latin America. Shaped by national narratives, 1922 was the year of its demolition and São Paulo's Modern Art Week, from which Oswald de Andrade's "Cannibal Manifesto" would outline the foundations of a modernism inspired by indigeneity, avowing a national identity against European determinisms. As the ground zero of Rio de Janeiro and its earliest slum tenements, the demolition of the Morro do Castelo epitomized the spatial transformation from colony to modernity. Rectified for the International Exhibition of the Centenary of Independence of Brazil, it accrues to a contingent history of colonial continuities, landscape manipulation of Rio's iconography, and the creation of an “urban regeneration myth." This paper looks at this symbolic erasure as the embodiment of national and social cleansing narratives applied to urban space, memory, and conceptions of landscape. Moreover, by investigating one of the earliest historical accounts of Rio's slum tenements, I hope to shed light on this insurgent typology that might most efficiently epitomize de Andrade's anthropophagy practice.

A história da extinção do Morro do Castelo no Rio de Janeiro experimentou renovado interesse diante dos Jogos Olímpicos de 2016 e das recentes descobertas arqueológicas do maior cemitério de escravos da América Latina. Moldado por narrativas nacionais, 1922 foi o ano da sua demolição e da Semana de Arte Moderna de São Paulo, a partir do qual o "Manifesto Canibal" de Oswald de Andrade delinearia os fundamentos de um modernismo inspirado por indigeneidade, reconhecendo uma identidade nacional contra os determinismos europeus. Como o marco zero do Rio de Janeiro e um dos seus primeiros cortiços, a demolição do Morro do Castelo simbolizava a transformação espacial da colônia para a modernidade. Retificado para a Exposição Internacional do Centenário da Independência do Brasil, acumula-se ali uma história contingente de continuidades coloniais, manipulação da paisagem da iconografia do Rio de Janeiro e a criação do "mito urbano de regeneração." Este artigo analisa esse apagamento simbólico como a incorporação de narrativas nacionais e sociais de limpeza aplicadas ao espaço urbano, à memória e a concepções de paisagem. Além disso, investigando um dos relatos históricos mais antigos dos cortiços da favela do Rio, espero elucidar essa tipologia insurgente que pode mais eficazmente sintetizar a prática da antropofagia de Andrade.

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