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The Difficult Legacy of Mining in Past and Contemporary Potosí and Ouro Preto

Abstract / Resumen / Resumo

The cities of Potosí (Bolivia) and Ouro Preto (Brazil) have played central economic roles during Latin American long colonial history of mineral extraction, feeding the Spanish and Portuguese empires with silver (Potosi) and gold (Ouro Preto) and, consequently, changing the world's economy. In this article, we argue that the colonial mining experienced by these cities should be understood through the frame of a “difficult heritage” (Macdonald, 2009), incorporating mining’s social and environmental atrocities in the official representations of their pasts. We first analyse how the colonial period was depicted in heritage policies and the role it played in fostering nationalism both in Bolivia and Brazil. Then, we explore how two main issues were excluded from the official narratives, but remained represented in urban spaces and in local inhabitants’ perceptions of them: the environmental impacts directly or indirectly caused by mining and the racist violence imposed on African and indigenous peoples to guarantee mass labour for mining enterprises. Today, as contemporary Latin American societies are struggling to reinvent their national selves without reproducing long-standing patterns of race inequalities and extractivism, accounting for the complexity of colonial mining heritage becomes increasingly relevant.

Resumo

As cidades de Potosí (Bolívia) e Ouro Preto (Brasil) tiveram um papel econômico central durante a longa história colonial de exploração mineral da América Latina, alimentando os impérios espanhol e português com prata (Potosí) e ouro (Ouro Preto). Na literatura decolonial recente, estas cidades foram entendidas como símbolos da originários da modernidade: seus ricos recursos foram chave para o desenvolvimento do capitalismo global, mas tal opulência foi combinada com a escravização e subjugação de territórios, ambientes e populações locais (Machado Araóz, 2014). Estas antigas cidades coloniais e sua história trágica oferecem a acadêmicos contemporâneos um estudo de caso de processos de (neo)extrativismo e expropriação na região. Ao explorar as tensões que emergem entre as memórias do colonialismo e a contínua exploração de recursos, discutimos a mineração como um recurso econômico e como um paradigma identitário. Particularmente, conflitos ocorrem quando decisões que garantem a preservação de patrimônio afeta (direta ou indiretamente) as atividades mineiras. Potosinos e ouro-pretanos apresentam uma visão conflitiva entre uma ideia de mineração como patrimônio material, na qual as cidades coloniais continuariam a florescer por meio da preservação de suas paisagens, e outra como atividade, na qual as cidades continuariam vivas pela reprodução do extrativismo mineral.

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