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Vida, conocimiento y territorio: una geobiografía

Abstract / Resumen / Resumo

Carlos Walter Porto Goncalves, geógrafo militante comprometido con los territorios en conflicto por vocación y acción, comparte desde su reflexión sensible los recorridos que lo marcaron profundamente para que su trayectoria profesional fuera la que es, eligiendo la Geografía Crítica como camino del lado de las comunidades y los movimientos sociales.

Su infancia vivida en los barrios periféricos de Río de Janeiro y los primeros acercamientos a las familias de indígenas Goytacazes, pescadores de Lagoa Feia, sin lo cual no se explica sus prácticas con los seringueiros/as en Acre: “Minha cumplicidade com aquela gente que defendia suas condições de produção/reprodução da vida com seus sentidos próprios, me levou ao mesmo tempo a me envolver com a causa ambientalista que, por seu lado, me levaria a sérios problemas com a esquerda marxista tradicional.”

Enfatiza la necesidad de hablar de una Geobiografía, ya que pone en relieve la importancia de los lugares y las personas donde tomamos contacto con las ideas que pensamos. Nuestras ideas son importantes, pero sólo en referencia a las personas y los territorios en que éstas se conectan.

Por otra parte relata la historia de su convicción en la práctica política como activista comprometido y su relación con la Investigación-Acción-Participante. Cuenta la desterritorialización como vivencia personal y como definitoria de sus búsquedas teóricas: (...) “Dessa forma, o tema do despojo de território me marcou o corpo. Eu não consigo ficar quieto diante desses processos de despojo que acontecem de maneira generalizada. Isso me dói profundamente. Essas violências eu sofro e as elaboro intelectualmente. Essas cenas me co-movem. Um exemplo disso eu vivenciei com um camponês de nome Cristóforo, de Cobija, no Departamento de Pando, Bolívia, onde trabalhava em inícios dos anos 1990 assessorando a luta para demarcar terras com os/as seringueiros/as”.

El tema de la dignidad como base de todas las luchas por la vida, ya que con la desterritorialización la humanidad queda más pobre (...) “a Dignidade é um valor muito forte. A luta pela Vida, pela Dignidade e pelo Território, é a consigna que trouxeram ao debate duas Grandes Marchas, ambas de 1990, na Bolívia e no Equador. A Dignidade significa respeitar o outro como outro. É dizer, me respeite como Digno, respeite a maneira como sou como um modo Digno de sentir/pensar/agir e, nesse sentido digo, a Dignidade é a condição para a verdadeira Igualdade, para a verdadeira Fraternidade, para a verdadeira Liberdade. Mas o valor fundamental é a Dignidade.”

Carlos Walter nos convida su metodología teórico-práctica y cómo usa la teoría para dialogar con las prácticas de los territorios: el conocimiento debe estar siempre inscripto en la vida. “A questão teórica aparece no meu trabalho como se fora uma bengala, um bastão em que me apoio para que a vida em processo fale”.

Y por último, nos confía su horizonte utópico político de (...) “construir uma sociedade em que as pessoas possam ser amigas. A Amizade, essa categoria fundamental, ética, política, filosófica. Vivemos numa sociedade que impede que as pessoas sejam amigas”.

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